O primeiro semestre já era. Aliás, já era há muito tempo. Essa história de 200 dias letivos é apenas conversa para boi dormir. Aliás, sempre foi.
Os alunos já sumiram da escola desde a semana passada e nem os pernilongos da escola a frequentarão até o dia 14/07. Claro, tem "Gincana", tem professor, tem presença na caderneta (para todos)... Só não tem alunos, e menos ainda "aulas".
No ano passado eu fiz uma estimativa do tempo real de "aula", considerando que esse tempo devesse envolver apenas as atividades de aprendizagem, ou seja, subtraindo esses "pseudo dias letivos", o tempo perdido com a burocracia inútil e com as reuniões para fazer tricô (modernamente não fazemos mais tricô com agulha e linha, fazemos "digitalmente"). O resultado foi que temos efetivamente cerca de 1/4 do tempo que é contado como "dias letivos".
No meu caso, das cerca de 80 aulas anuais de Física, sobram aproximadamente 20 aulas apenas para lidar com o "conteúdo". Totalizando isso para os três anos do Ensino Médio o resultado é ter que ensinar toda a Física Clássica e Moderna, mais as aplicações tecnológicas e os temas transversais cabíveis, em um curso de 60 aulas ou, 50 horas. Depois tem gênio se perguntado porque que os alunos aprendem tão pouco. :)
Bom, e para onde vão as 150 horas restantes que simplesmente "desaparecem"? Oficialmente elas não vão para lugar nenhum, continuam lá, "contando nos documentos" como se fossem aulas de verdade, como foi na semana passada, como está sendo nessa semana e como será na semana que vem (e na primeira, e talvez também na segunda, semana da volta às aulas, e nas quatro últimas semanas de dezembro, e nas semanas com feriados prolongados ou emendados, e no tempo perdido com reuniões, burocracia, chamadas nominais, avaliações, discussões, etc. etc.). Mas tudo bem, o que importa é que somando todo esse tempo perdido o resultado sempre será "duzentos dias letivos". :)
Boas férias!
Boas férias!