Todo ano (ou quase) tem algum imbecil para estourar bombas na escola no mês de junho. O banheiro é sempre o local preferido. Talvez pela acústica favorável, talvez pelo acesso fácil ou talvez porque é lá, na privada, que devem estar as idéias desses alunos-bomba. Esse ano não foi diferente... ou melhor, foi sim!
Eu estava começando minha aula no terceiro colegial noturno, em plena quinta-feira, quando fomos todos sacudidos por um enorme estrondo. Seguiu-se, após o susto, a algazarra costumeira. Na verdade nem dei bola, pois a bomba estourou em algum lugar distante da minha sala e historicamente quando se ouve o barulho é porque o engraçadinho-bomba já deve estar bem longe. Ou, deveria estar bem longe...
Dessa vez o infeliz fez uma aposta perigosa demais para o contexto em que minha escola se encontra: ele acreditou que poderia fazer isso diante de vários outros alunos e que todos o acobertariam. Ledo engano! Pouco à pouco estamos conseguindo criar um "sentimento de pertencimento" entre nossos alunos e, apesar de todos os clamores da adolescência, alguns já se sentem donos da escola, exatamente como gostaríamos que todos se sentissem.
Assim, diante de um ato estúpido e perigoso, alguns alunos fizeram a coisa mais inteligente a fazer: apontaram o idiota para a direção e depois de um teatrinho infantil de rotina, com direito à presença dos pais para atestarem o quão bonzinho era o pequenino, eis que ele acabou admitindo o ato. Agora temos um imbecil a menos na escola e já podemos ir ao banheiro mais seguros.
É... As coisas mudam devagar, mas mudam sempre.
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