Por recomendações médicas estarei "de molho" por uns tempos. Nada que algumas noites bem dormidas e alguns comprimidos não resolvam.
Como de costume, sempre que eu me ausento alguém me substitui. E é por essa razão mesmo que há muito "desencanei" e me conformei de que ninguém é insubstituível. Como nos acostumamos a dizer na Sala dos Professores: morra numa quarta-feira, durante a aula, assim a confusão suspende as aulas do período, a direção libera os alunos para o enterro na quinta e todos emendam a sexta. Mas na segunda já virá um substituto e a vida continua para quem não morreu. :)
Essas ocasiões me levam também a refletir um pouco sobre o que entendemos por "dedicação à escola". Eu nunca gostei muito da idéia de que deva trabalhar para justificar meu salário, pois se fosse assim eu precisaria trabalhar muito pouco e muito mal. Por outro lado, hoje compreendo que o sistema hipócrita promovido nas escolas públicas brasileiras consiste realmente de uma única atividade pedagógica relevante: assinar o livro ponto.
Se você assina o livro ponto, todos ficam felizes. O que você faz depois disso, na sala de aula, ninguém vê, ninguém se importa. Quando se fala em "meritocracia" como forma de pagar diferenciadamente salários de professores, fico pensando sobre esse enorme mérito que é assinar o livro ponto... Você o assina e ganha o mérito! Assim tem sido por longos anos.
Com o advento das avaliações externas (Enem, Saresp, Saeb, Prova Brasil, etc.) começou a brotar uma nova sementinha de idéia de avaliação e meritocracia, mas ligada ao desempenho dos alunos apenas, como se esse desempenho fosse de fato uma consequencia única do trabalho do professor. Mas parece que a sementinha murchou ainda broto e o que nos resta ainda é uma nau à deriva em um oceano de turbulências.
Enfim, estarei de molho. A escola continua, os alunos estarão lá, alguém me subsituirá e ninguém se importará com o resto, pois o livro ponto continuará sendo assinado e isso continua sendo a única coisa que importa. Ah, agora também será assinado aos sábados! Nossa, que modernidade!
À propósito, continuarei postando comentários aqui, mesmo não estando na escola. Afinal, as fofocas sempre chegam por MSN e pelo Orkut.
Como de costume, sempre que eu me ausento alguém me substitui. E é por essa razão mesmo que há muito "desencanei" e me conformei de que ninguém é insubstituível. Como nos acostumamos a dizer na Sala dos Professores: morra numa quarta-feira, durante a aula, assim a confusão suspende as aulas do período, a direção libera os alunos para o enterro na quinta e todos emendam a sexta. Mas na segunda já virá um substituto e a vida continua para quem não morreu. :)
Essas ocasiões me levam também a refletir um pouco sobre o que entendemos por "dedicação à escola". Eu nunca gostei muito da idéia de que deva trabalhar para justificar meu salário, pois se fosse assim eu precisaria trabalhar muito pouco e muito mal. Por outro lado, hoje compreendo que o sistema hipócrita promovido nas escolas públicas brasileiras consiste realmente de uma única atividade pedagógica relevante: assinar o livro ponto.
Se você assina o livro ponto, todos ficam felizes. O que você faz depois disso, na sala de aula, ninguém vê, ninguém se importa. Quando se fala em "meritocracia" como forma de pagar diferenciadamente salários de professores, fico pensando sobre esse enorme mérito que é assinar o livro ponto... Você o assina e ganha o mérito! Assim tem sido por longos anos.
Com o advento das avaliações externas (Enem, Saresp, Saeb, Prova Brasil, etc.) começou a brotar uma nova sementinha de idéia de avaliação e meritocracia, mas ligada ao desempenho dos alunos apenas, como se esse desempenho fosse de fato uma consequencia única do trabalho do professor. Mas parece que a sementinha murchou ainda broto e o que nos resta ainda é uma nau à deriva em um oceano de turbulências.
Enfim, estarei de molho. A escola continua, os alunos estarão lá, alguém me subsituirá e ninguém se importará com o resto, pois o livro ponto continuará sendo assinado e isso continua sendo a única coisa que importa. Ah, agora também será assinado aos sábados! Nossa, que modernidade!
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