Pronto! Acabou a primeira semana, aí vem o Carnaval e se quer saber mesmo, não doeu nada!
Passamos a semana entregando materiais para os alunos e nos reunindo com os pais. Ah claro, também houve uma aula aqui e outra acolá e quase cheguei a conhecer metade das minhas turmas. Melhor assim. Houve tempo em que ninguém se preocupava muito em estabelecer boas relações entre a escola e a comunidade. Os tempos são outros.
Aliás: como são outros!
Meus alunos receberam 7 livros didáticos, alguns cadernos de capa dura, canetas, borrachas, réguas, livros de literatura brasileira e mais uma porção de bugigangas. Ainda receberão os "Cadernos do Aluno" distribuídos pela SEE-SP (que, para variar, não chegaram todos) e mochilas (que também não chegaram ainda). Acho que somando tudo isso deve dar um salário meu. Nada mal.
Nos meus miseráveis tempos de escola a gente só recebia uma caderninho pequeno com folhas grampeadas e capa com propaganda da ditadura (e isso se fosse miseravelmente pobre). Eram outros tempos e lugar de pobre era mesmo na roça ou varrendo chão de fábrica. Hoje em dia até os pobres são chics: meus pobres alunos vão à escola com celulares tão sofisticados que dá até mesmo para telefonar neles. Claro, se você for capaz de descobrir essa função no meio das outras tantas. Ah, nada como o progresso!
É muito chato relembrar aquele tempo em que se amarrava cachorro com linguiça (sem trema; viva a nova ortografia!), mas é inevitável. A gente usava o lápis até não conseguir mais segurar a ponta do toquinho e apontava com um tremendo cuidado porque se quebrasse a ponta o lápis acabava antes do semestre. A escola era excludente, o ensino era propedêutico, compartimentado, centrado numa relação autoritária de transmissor-receptor e, para nós miseráveis (eu era um miserável, pobre de mim), era a única chance de garantir duas refeições diárias em um futuro distante que todos acreditavam que chegaria um dia.
Então, viva a modernidade! E quem quiser um pouco de saudosismo veja os slides abaixo:
Passamos a semana entregando materiais para os alunos e nos reunindo com os pais. Ah claro, também houve uma aula aqui e outra acolá e quase cheguei a conhecer metade das minhas turmas. Melhor assim. Houve tempo em que ninguém se preocupava muito em estabelecer boas relações entre a escola e a comunidade. Os tempos são outros.
Aliás: como são outros!
Meus alunos receberam 7 livros didáticos, alguns cadernos de capa dura, canetas, borrachas, réguas, livros de literatura brasileira e mais uma porção de bugigangas. Ainda receberão os "Cadernos do Aluno" distribuídos pela SEE-SP (que, para variar, não chegaram todos) e mochilas (que também não chegaram ainda). Acho que somando tudo isso deve dar um salário meu. Nada mal.
Nos meus miseráveis tempos de escola a gente só recebia uma caderninho pequeno com folhas grampeadas e capa com propaganda da ditadura (e isso se fosse miseravelmente pobre). Eram outros tempos e lugar de pobre era mesmo na roça ou varrendo chão de fábrica. Hoje em dia até os pobres são chics: meus pobres alunos vão à escola com celulares tão sofisticados que dá até mesmo para telefonar neles. Claro, se você for capaz de descobrir essa função no meio das outras tantas. Ah, nada como o progresso!
É muito chato relembrar aquele tempo em que se amarrava cachorro com linguiça (sem trema; viva a nova ortografia!), mas é inevitável. A gente usava o lápis até não conseguir mais segurar a ponta do toquinho e apontava com um tremendo cuidado porque se quebrasse a ponta o lápis acabava antes do semestre. A escola era excludente, o ensino era propedêutico, compartimentado, centrado numa relação autoritária de transmissor-receptor e, para nós miseráveis (eu era um miserável, pobre de mim), era a única chance de garantir duas refeições diárias em um futuro distante que todos acreditavam que chegaria um dia.
Então, viva a modernidade! E quem quiser um pouco de saudosismo veja os slides abaixo:
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