Homens-bomba não são uma invenção da modernidade, são apenas uma variação tecnológica dos mártires de outrora. Eles morrem e matam por uma causa, a meu ver estúpida, mas justificada por uma forte crença na auto-imolação e um profundo desprezo pelo sofrimento alheio. Nas terras brazucas não brotam homens-bomba, ainda bem! Mas brotam meninos-bombas...
Toda escola pública que se preza já viu ou verá um desses meninos-bomba. Em geral são alunos que se confundem na multidão e quando se destacam raramente o fazem por algum mérito. Eles não têm ideologias nem propósitos, não querem ferir ninguém e ao invés de serem reconhecidos pela violência, pelo terror ou por sua capacidade destrutiva, tudo o que querem e precisam é de alguém que lhes coloque no colo, lhes cante uma canção de ninar e os convença de estarão protegidos, que serão amados e admirados com todos os seus defeitos.
Embora em essência eles sejam muito diferentes dos homens-bomba, nas ações eles se parecem bastante. Ambos são destrutivos, ambos atraem o ódio e o desprezo ao invés da admiração e reconhecimento que almejam.
Ontem à noite tivemos uma pequena explosão no banheiro dos meninos. Foi um desses meninos-bomba. Por um feliz acaso do destino ninguém se machucou e nem houve danos consideráveis, apenas um ruído forte, uma espécie de grito de apelo do garotinho que fez a traquinagem, como que berrando ao mundo: Olhe para mim, eu existo! Eu quero ser amado! Eu não sinto que tenha nada bom para oferecer em troca, mas mesmo assim, por favor, me ame!
A verdade é que ele não será amado por ter colocado em risco a integridade física dos seus colegas. Não será admirado por ter feito um ato covarde e irresponsável, e nem vamos nos orgulhar de seu feito como se fosse algo corajoso que merecesse alguma admiração. Ele será cassado, perseguido, humilhado e, se encontrado, será severamente punido. É assim que terminam os meninos-bomba.
Toda escola pública que se preza já viu ou verá um desses meninos-bomba. Em geral são alunos que se confundem na multidão e quando se destacam raramente o fazem por algum mérito. Eles não têm ideologias nem propósitos, não querem ferir ninguém e ao invés de serem reconhecidos pela violência, pelo terror ou por sua capacidade destrutiva, tudo o que querem e precisam é de alguém que lhes coloque no colo, lhes cante uma canção de ninar e os convença de estarão protegidos, que serão amados e admirados com todos os seus defeitos.
Embora em essência eles sejam muito diferentes dos homens-bomba, nas ações eles se parecem bastante. Ambos são destrutivos, ambos atraem o ódio e o desprezo ao invés da admiração e reconhecimento que almejam.
Ontem à noite tivemos uma pequena explosão no banheiro dos meninos. Foi um desses meninos-bomba. Por um feliz acaso do destino ninguém se machucou e nem houve danos consideráveis, apenas um ruído forte, uma espécie de grito de apelo do garotinho que fez a traquinagem, como que berrando ao mundo: Olhe para mim, eu existo! Eu quero ser amado! Eu não sinto que tenha nada bom para oferecer em troca, mas mesmo assim, por favor, me ame!
A verdade é que ele não será amado por ter colocado em risco a integridade física dos seus colegas. Não será admirado por ter feito um ato covarde e irresponsável, e nem vamos nos orgulhar de seu feito como se fosse algo corajoso que merecesse alguma admiração. Ele será cassado, perseguido, humilhado e, se encontrado, será severamente punido. É assim que terminam os meninos-bomba.
Espero mesmo que ele seja severamente punido.
ResponderExcluirSe ele fizesse uns gols ou mesmo um, eca, rap, seria percebido também.
Ninguém é realmente inútil.
Abraços
John