segunda-feira, 9 de março de 2009

Revistas para o professor

Há cerca de um mês eu me queixei com a editora da revista "Pesquisa Fapesp" sobre a falta de descontos promocionais para professores do Ensino Médio. Por ser uma revista de divulgação científica de ótima qualidade e, além de tudo, escrita em português, eu esperava que a revista investisse no público formado por professores do Ensino Médio e, em especial, nos professores da rede pública.

Em uma troca de e-mails com a editora da revista, fiquei sabendo que há tempos eles tentam amarrar uma parceria com a Secretaria de Educação de São Paulo, mas ao que parece ainda sem sucesso. De qualquer forma consegui um desconto de 50% na assinatura da revista e recomendo que os colegas interessados entrem em contato com a editoria da revista a fim de obter o mesmo desconto.

Enquanto isso... Recebo agora a notícia do jornalista Mario Augusto Jacobskind, no blog "Direto da Redação" ("Serra e Abril: tudo a ver"), de que o Governo do Estado de São Paulo estabeleceu um contrato sem licitação com a Fundação Victor Civita no valor de R$ 3.740.000,00 para a aquisição de 220.000 assinaturas da revista Nova Escola. Tirando o fato de que o contrato foi estabelecido sem consulta prévia aos professores e que não houve licitação, segundo informa o jornalista, no mais eu acho essas assinaturas uma ótima idéia. Pena que, como ninguém me perguntou se eu queria essa assinatura ou se eu já a possuia, agora ou receberei duas revistas "Nova Escola", ou continuarei a receber apenas a que já assino e já paguei.

Mudando um pouco de assunto, mas sem sair do tema "materiais impressos", recebi, enfim, o meu "Caderno do Professor" de Física para esse ano. Se tivessem me avisado que ele seria igual ao do ano passado eu não teria nem ficado preocupado com o fato de ele só ter sido distribuído agora (05/03). Agora falta resolver o problema do livro didático dos meus alunos do terceiro colegial noturno.

Segundo o que me informaram na própria escola, a quantidade de livros didáticos enviados pelo MEC no programa PNELEM baseia-se nos dados coletados no ano anterior. Como nesse ano de 2009 temos mais alunos no terceiro colegial (Uáu! Isso é ótimo, não?) do que tínhamos no ano passado, acabamos recebendo menos livros didáticos do que o necessário.

Uma primeira solução consistiu em "esperar" até que os livros fossem distribuídos nas demais escolas da Diretoria de Ensino e então verificar na própria Diretoria se haveria alguma "sobra" de livros em algumas dessas escolas, de onde obteríamos então os livros que faltam. Enquanto isso os alunos dos terceiros colegiais do período noturno ficam sem livros (já que não dá para distribuir para todos).

Veio agora a notícia de que "não temos sobras desse livro", ou porque os livros que sobraram em outras escolas da DE são diferentes, ou porque faltam livros mesmo. O fato concreto é que não há sobra e, pasmem, também não há na Diretoria de Ensino nenhuma aparente solução para o problema! Em outras palavras: danem-se os alunos, ninguém mandou estudar em escola pública. Ou fazemos uma loteria do livro diático e distribuímos os livros que temos para os felizardos ou, democraticamente, como a escola adora ser quando se trata de espalhar a mediocridade, deixamos todos sem livros para respeitar a igualdade de direitos!!!

Será mesmo que não se consegue os trinta livros de física que faltam? Eu posso estar enganado, mas não creio que esse seja um problema "sem solução", da forma como tentaram me vender o peixe. Pensando nisso acabei de enviar uma consulta diretamente ao MEC pedindo orientações. Vamos ver se por lá o papo também já está encerrado ou se é possível conseguir esses trinta livros "com um pouquinho de boa vontade" de algum educocrata. Por via das dúvidas já começo a preparar os bilhetes de loteria para distribuir os livros que temos. :)

A propósito, se sua escola tem sobras do volume três da coleção "Física - Ciência e Tecnologia" (Editora Moderna), por favor, entre em contato comigo.

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